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Uma Europa diferente,mas eleita!

O Partido Socialista foi o grande vencedor das eleições europeias, sendo bastante significativa e importante esta vitória no contexto atual da política portuguesa. A vitória de Marta Temido é um marco histórico por ter sido a primeira mulher a ganhar umas eleições nacionais! Para além disso, esta vitória é igualmente importante para a liderança do Secretário Geral do PS, Pedro Nuno Santos, que vê mais do que validada a sua escolha e vê igualmente reforçada a sua liderança interna. Importa, ainda, notar que o PS elege o mais jovem eurodeputado português, com o compromisso de reforçar a representatividade jovem, de renovar e diversificar os candidatos socialistas.
Luís Montenegro fica numa posição difícil com a derrota da AD nestas eleições, o peso da derrota pode ter consequências e repercussões na imagem do governo em Portugal e no Mundo. Para além da derrota, o primeiro ministro, carrega o peso do falhanço da sua estratégia e da escolha de Sebastião Bugalho como cabeça de lista. A tentativa de acertar as agulhas do discurso do partido mais à direita, e de tentar beneficiar do mediatismo e sensacionalismo do candidato, fez com que a Iniciativa Liberal pudesse crescer. Estou certo que a IL gozou do voto de muitos descontentes, que não viam no cabeça de lista da AD o seu representante na Europa!
Uma nota positiva para a Luís Montenegro pela sua declaração de apoio à candidatura de António Costa ao Conselho Europeu e pelo reconhecimento do trabalho do anterior governo por todo o trabalho desenvolvido, numas eleições pautadas pela inovação. Mudanças essas permitiram uma maior facilidade de voto!
Foram muitos os portugueses que puderam aproveitar o fim de semana prolongado, sem condicionamentos, tendo tido a possibilidade de voto em qualquer lugar do território nacional. Esta modalidade poderá ter contribuído significativamente para a redução da abstenção. No entanto, isso também significa que as conclusões sobre as tendências de voto nas tradicionais seções não são 100% fidedignas.
Finalmente, a derrota significativa da extrema-direita, com uma redução substancial, de cerca de 50% em relação às últimas eleições legislativas, merece destaque. Podem ser muitas as razões que explicam este resultado, designadamente a especificidade das eleições europeias e ao fato de muitos dos seus eleitores nas últimas eleições terem vindo da abstenção. Esta derrota expressiva e a quebra da tendência de crescimento pode confirmar que o sucesso da extrema-direita nas últimas eleições se deveu muito ao voto de protesto, ou então, pelo facto de ser cada vez mais difícil para o seu líder, poder dizer tudo e o seu contrário!

Paulo Soares

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